Estadiamento é o processo de avaliar a localização e a quantidade de tumor no organismo. Nos casos de tumores malignos da mama é fundamental a informação quanto à presença ou ausência de tumor nos gânglios linfáticos.
A identificação e biópsia do Gânglio Sentinela é a maior evolução da Cirurgia Mamária da última década!
O GS é o primeiro gânglio de uma determinada região ganglionar (no caso da mama localiza-se na axila, preferencialmente, ou por trás do osso esterno, no meio do peito) a receber as metástases (também conhecidas por “raízes do tumor”), no caso de elas existirem.
Com o objectivo de tratar patologias que possam afectar a mama, estão à disposição, mediante cada caso, um conjunto de procedimentos cirúrgicos.
Sempre que indicado e necessário, a CLÍNICA DA MAMA DA BOAVISTA tem capacidade para, de imediato, executar biópsias por agulha (fina ou grossa) e, no caso de se tratar de um exame citológico realizar de imediato a sua leitura, de modo a disponibilizar o resultado no mesmo dia.
Uma biópsia consiste na colheita de pequenas amostras de tecido para estudo patológico, com o objectivo de se estabelecer um diagnóstico. As biópsias maioritariamente são realizadas com uma agulha apropriada (um gesto técnico quase indolor). Nas lesões mamárias palpáveis é fácil a identificação da lesão alvo a biopsar, mas no caso de lesões clinicamente impalpáveis é necessário orientar a referida agulha até ao seu alvo através de ecografia ou mamografia.
Uma biópsia com agulha fina recolhe células soltas e permite um exame citológico, cujo resultado informámos no mesmo dia.
Já uma biópsia por agulha grossa recolhe um fragmento de tecido mamário e possibilita um exame histológico, com um processamento técnico mais longo que só permite disponibilizar o resultado ao fim de 48-72 horas.
Por vezes e raramente, pode haver necessidade de uma biópsia cirúrgica, sob anestesia local ou geral, removendo parte ou a totalidade da lesão que se quer estudar.
A mamografia é um exame de imagem que utiliza radiação ionizante. È uma radiografia da mama. Obriga à compressão da mama entre duas placas do aparelho, o que pode ser desconfortável.
Habitualmente são colhidas duas imagens – oblíqua e craneo-caudal – de cada mama.
A mamografia permite a detecção precoce de nódulos, de áreas de distorção, de alterações da densidade e de microcalcificações na glândula mamária.
A mamografia é o exame de rastreio populacional de eleição, que permite, quando realizado periodicamente de acordo com protocolos internacionais, uma significativa redução da mortalidade por cancro da mama.
As mamas nas jovens são relativamente opacas aos raios X. Por isso, nas mulheres com menos de 35 anos, a mamografia tem um reduzido valor e não deve ser realizada por princípio, a não ser que haja uma suspeição clínica.
Todas as mulheres a quem é feito um diagnóstico de cancro da mama devem realizar, antes de qualquer decisão terapêutica, uma mamografia bilateral para avaliar a extensão da doença.
A ecografia é um exame de imagem livre de radiação, que utiliza ultra-sons (sons de elevada frequência). Estes ultra-sons atravessam o tecido mamário, reflectem-se e são transformados em imagens.
Tem-se tornado, cada vez mais, um excelente complemento da mamografia no estudo imagiológico da glândula mamária.
Os quistos aparecem como áreas transparentes e com limites bem definidos, característica comum às lesões benignas.
As lesões malignas aparecem, normalmente, como áreas sólidas, de limites irregulares e mal definidos.
O efeito Doppler (uma propriedade da ecografia) avalia o fluxo de sangue nos nódulos e pode ajudar a distinguir lesões benignas de malignas.
A ecografia permite, também, orientar a agulha nas biópsias de lesões mamárias impalpáveis.
A ressonância é um sofisticado exame de imagem que também não utiliza radiação ionizante. Baseia-se no facto de todas as células apresentarem polaridade magnética. Trata-se de uma espécie de “íman” gigante que distingue as diferenças de polaridade dos diferentes tecidos e as transforma em imagens.
A ressonância mamária é um exame relativamente recente, de 2ª linha, com indicações ainda não consensuais na práctica clínica. No entanto, a sua importância no estudo da glândula mamária tem vindo a crescer.
É útil nas situações em que a mamografia é insuficiente, como nas mulheres jovens ou nas mamas muito densas, nas mulheres submetidas previamente a cirurgia conservadora seguida de radioterapia, ou após colocação de próteses mamárias.
Tem um papel importante, nalguns tipos sub-histológicos de cancro da mama, na detecção de multicentricidade / multifocalidade (isto é, outros tumores simultâneos na mesma mama) ou, mesmo, de bilateralidade (isto é, um tumor na mama contralateral).
É previsível que se torne o melhor exame para avaliação da resposta aos tratamentos médicos neo-adjuvantes e para detecção de recidivas locais pós- cirurgia conservadora.
É uma mamografia especial, na qual se introduz um produto de contraste radiopaco, através de um dos canais da glândula mamária.
No caso de uma escorrência mamilar (saída de liquido pelo mamilo) permite estudar o interior desse canal.
É também um exame incómodo, porque é necessário, como na mamografia, comprimir a mama e, ainda, manipular o mamilo.
É uma técnica especial de mamografia que permite orientar a agulha de modo a realizar uma biópsia, através de um sistema de coordenadas.
Usa-se em situações de lesões mamárias não palpáveis e não visíveis por ecografia, como é o caso das microcalcificações.
O rastreio de uma doença tem como objectivo a sua detecção numa fase o mais precoce possível.
O rastreio do cancro da mama é aconselhado a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, ou mais cedo em circunstâncias de risco familiar, com periodicidade anual.
O exame imagiológico mais adequado para o rastreio do cancro da mama é a mamografia. Usada como forma secundária de prevenção, a mamografia consegue aumentar o número de casos diagnosticados, possibilita uma maior detecção de casos em estadios mais precoces, com óbvia repercussão na diminuição da mortalidade por cancro da mama e, consequente, aumento da sobrevida.
A CLÍNICA DA MAMA DA BOAVISTA foi criada para responder a esta necessidade das mulheres. Oferece numa única consulta médica a conjugação do exame clínico com os exames de imagem (mamografia e ecografia), terminando com a elaboração, por escrito, de um relatório médico.
Tudo no mesmo dia!
Toda a doença oncológica deve ser diagnosticada, estadiada e tratada por uma equipa médica multidisciplinar, que integre clínicos diferenciados das diferentes especialidades médicas envolvidas. No caso concreto da patologia mamária é fundamental uma abordagem multidisciplinar, quer no estabelecimento de um correcto e atempado diagnóstico (bem como, de um estadiamento), quer na proposta da melhor solução terapêutica.
É um direito do doente a procura de uma 2ª opinião de um outro médico especialista relativamente a um determinado problema de saúde. Este tipo de consulta tem ganho uma crescente divulgação nos últimos anos, particularmente nas doenças oncológicas. Atenta, a CLÍNICA DA MAMA DA BOAVISTA instituiu uma consulta de 2ª opinião, quer para reavaliação de exames complementares de diagnóstico (uma 2º leitura dos exames de imagem, ou mesmo a revisão de lâminas de exames anatomo-patológicos), quer para discussão de alternativas de tratamento médico ou cirúrgico, nomeadamente a possibilidade de preservar a mama, através de técnicas de cirurgia oncoplástica ou por outras técnicas de reconstrução mamária.
Dando atenção a uma área emergente de preocupação social relativamente às familiares de doentes com cancro da mama, a CLÍNICA DA MAMA DA BOAVISTA também instituiu uma consulta dedicada à avaliação do risco familiar, sugerindo as necessárias adaptações à vigilância periódica das familiares com risco acrescido. Seja por exames de imagem, incluindo aqui especificamente a vigilância imagiológica por ressonância magnética, seja pela orientação para uma consulta especializada de Genética Médica.